Hoje vou expressar meu pensamento sobre guitarra com mais cordas ou mais específico a 7 cordas.
Aliás, vai entender que não muito fã de tocar com ela ou maior do que isso (8 cordas / 9 cordas), exagero não?
Mais ou menos. Vai entender, ou pelo menos é o que espero, a real função de agregar mais cordas ao seu som.
Em 2018, quando ainda fazia alguns trabalhos de luthieria, me apareceu a oportunidade de adquirir uma guitarra 7 cordas.
Na época, a guitarra estava bem danificada, os captadores originais bem ruins, pois quem tinha vendido a guitarra para meu cliente tirou os EMG originais.
Claro que ninguém seria maluco de deixar uma preciosidade dessas na guitarra sem migrar para seu novo instrumento (geralmente a pessoa que compra nem conhece).
Mas acabei pegando a Condor modelo FC-7, muito utilizada pelo guitarrista do Almah, Paulo Schroeber e se não me engano, Gustavo Guerra também já usou uma versão 6 cordas.

Enfim, no começo me senti como se não soubesse tocar guitarra. Sempre acertava a 7 cordas pensando que era a mizão (6 corda).
É uma adaptação bem chata, sem contar que o tamanho do braço parece um violão na sua espessura.
Sim, acredite uma corda a mais são 48mm ao invés dos tradicionais 41/43 mm de uma 6 cordas.
As vezes preferia fazer um som com a guitarra de 6 cordas mesmo dropada, pois as vezes não conseguia chegar na digitação correta, não estava confiante.
É uma mudança e tanto e você precisa mudar o seu pensamento quanto a técnica e até mesmo a forma de tocar.
Sempre gostei deste som grave que a 7 corda (si padrão) dava em músicas. Quem gosta de Rock Progressivo geralmente se fascina por esta sonoridade.
Já era minha escola ouvir estes sons no Dream Theater, Circus Maximus, Lacuna Coil, Slipknot, entre outros muitos sons que pode ter a guitarra 7 cordas.
Bom até uma opinião que, funciona muito bem até a 7 corda na questão de som e adaptação da técnica para isto.
E mais cordas? Como é que fica? Vou contar um pouco sobre a pouca experiência que tive, mas pra mim, já deu pra notar algumas coisas e quero compartilhar com você.
Fiquei um período de algumas semanas uma vez que tive que realizar um trabalho de luthieria em uma Ibanez RG 8.
Pra quem não conhece a guitarra, arrumei uma foto aqui pra você saber do que se trata:

Confesso que é uma baita de uma guitarra confortável, tudo que tinha em seu hardware não perdia em nada para as RG Prestige.
Mas sentia um grave problema nela quanto a sua escala e o comprimento dela e este é um problema que normalmente ocorre nas 7 cordas comercialmente fabricadas.
O comprimento de corda da oitava corda ficava tão frouxa que a afinação não chegava em um timbre legal, no caso F#.
Ficava aquele som bem indefinido e estranho. Dai comecei nestas semanas a pesquisar sobre e tentar estudar mais quem estava utilizando.
Bom, nomes que usam 8 cordas existem de monte e só alienígena que se aventurava a tocar de uma maneira que saia da curva.
Um destes músicos, o que mais me chamou atenção é o Tony Abasi e comecei a observar o intuito da 8 cordas em sua música.
Hey você, se não conhece também o som do rapaz, da um look:
Para o som e técnica dele, faz todo o sentido ter uma oitava corda - aqui poderia até ter 20 cordas, o cara daria conta.
Ai caiu a ficha que provavelmente eu pensei muito errado ao querer explorar mais cordas e isso pode fazer a diferença pra você também.
O real objetivo de mais cordas, no caso da guitarra sempre vai ser mais grave, está em fazer o baixo pedal e não descer e subir escala nas 8 cordas.
Um exemplo que poderia te dar é o Marcinho Eiras, ao invés de tocar em duas guitarras, bastaria uma de 8 cordas, com as afinações trocadas.
Então na minha mente, o objetivo ou o intuito estava errado e acredito que este é o maior erro das bandas hoje em dia com este tipo de guitarra.
Bom, espero ter clareado as ideias ou dado outra ênfase na sua forma de pensar sobre o assunto.
Se não concorda, não tem problema e gostaria de ouvir seu ponto de vista também aqui nos comentários.
Conta ai sua experiência e vamos falar sobre. Vlw, até a próxima!